Muito provavelmente você deve se lembrar daquele famoso cubo mágico colorido que ganhou popularidade na década de 80. Ele possui 6 faces com 9 quadradinhos, e ao combinar todos eles com cada cor em um determinado lado o jogo é vencido.
Embora a ideia de formar o cubo mágico, oficialmente batizado de Cubo de Rubik, seja simples, a forma como essa montagem acontece, na grande maioria das vezes, é bem complexa. O que difere um bom jogador de um mediano ou ruim, não é só a capacidade de finalizar o cubo em si, mas o quão rápido essa tarefa é executada.
E para que uma pessoa se torne um bom jogador algumas habilidades precisam ser conquistadas e treinadas. É necessário muito estudo, conhecimento e treino, buscando sempre um aperfeiçoamento, pois quando você achar que atingiu a máxima potência de desempenho, virá um outro jogador te mostrar que ele pode ser muito melhor que você.
Você deve estar se perguntando o que toda essa história tem a ver com a rotina de uma empresa, não é mesmo? O fato é que trouxemos essa introdução, pois de uma forma bem inteligente e criativa a ideia do cubo mágico foi incorporada para o varejo e vamos te explicar.
A construção do conceito foi desenvolvida a partir da análise e determinação de alguns aspectos que precisam coexistir de forma ordenada e harmoniosa para que o resultado seja um comércio varejista que funcione com sua total potência e obtenha os lucros que os empresários tanto desejam.
De maneira geral é utilizar a ideia de ordenar ações e aspectos que quando combinados da forma correta possam gerar retornos positivos para as organizações. Vamos conhecer cada um deles?
GLOBALIZAÇÃO
Ouvimos o tempo a expressão globalização e podemos dizer que de maneira geral, ela se refere à integração mundial, fazendo com que teoricamente todos os povos estejam conectados. Vale lembrar que a construção da globalização pode ser empregada em diversas frentes e está em constante evolução e transformação.
Falando especificamente do varejo, já que é o foco desse artigo, podemos definir como uma atividade constante com objetivo na expansão, estreitamento e reposicionamento da atividade no mundo todo com ponto principal na base da atividade de oferta e procura.
Neste cenário, entende-se que um dos objetivos das empresas é uma procura constante por oportunidades de crescimento, a fim de se estabelecerem em novos locais, de preferência menos competitivos, e com um significativo potencial de crescimento.
Além disso, inclui também a busca constante por melhores produtos para comercializar, tanto em relação ao preço aplicado no processo de compra e venda, quanto na qualidade que eles possuem.
CONCENTRAÇÃO
“É um processo, quase irreversível, envolvendo o aumento do poder estratégico e financeiro de alguns conglomerados globais ou locais, mas também, e cada vez mais, aqueles que passaram a atuar nos diversos setores do varejo, oriundos das novas fronteiras tecnológicas, como as Plataformas Exponenciais do Ocidente, como Google, Amazon, etc e os Ecossistemas de Negócios nascidos na China, exemplo de Tencent, Alibaba, JD e outros.
Mas o produto final é similar. Os maiores conglomerados tendem a crescer sua participação em cada mercado e a maturidade pode ser medida e avaliada pelo grau de concentração existente. Considera-se concentrado um mercado onde os cinco principais players detenham mais do que 40% do mercado total.
POLARIZAÇÃO
É o fenômeno que vem macro segmentando o varejo globalmente. Envolve a separação entre os varejos de Valor, Diferenciação e Solução.
O varejo de Valor é aquele que mais tem crescido em sua proposta, simples e singela, de oferecer o Mais por Menos de forma despojada, objetiva e direta, tendo no preço baixo seu apelo fundamental. É de todos os vetores o que mais crescido no mundo nos diversos setores, por conta de um consumidor mais racional e equipado para decidir de forma pragmática.
O varejo da Diferenciação é aquele que aposta na combinação do Prestígio das Marcas associado com a componente Experiência para gerar a diferenciação que permita margens brutas mais elevadas.
O varejo da Solução é aquele que combina Produtos com Serviços, entregando e integrando Soluções para resolver de forma mais direta os problemas de um consumidor com cada vez com menos tempo. Esse vetor é cada vez mais característico de mercados e economias mais maduros.” – Fonte site Cliente SA.
DIGITALIZAÇÃO
Uma das faces mais recentes e em constante desenvolvimento. Ela envolve toda a cadeia de processos da empresa desde aspectos internos, passando por fornecedores, produtos, serviços, soluções e consumidores.
Não à toa, nós estamos tratando sobre a tecnologia do varejo em diversos artigos, pois sabemos da importância desse aspecto e da necessidade de investimento em ferramentas digitais que os varejistas precisam fazer para se tornarem atuais e competitivos.
Veja um exemplo
“De acordo com o Sebrae o Omnichannel é uma tendência do varejo que se baseia na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa. Trata-se da possibilidade de fazer com que o consumidor não veja diferença entre o mundo online e o offline.
O omnichannel integra lojas físicas, virtuais e compradores. Dessa maneira, pode explorar todas as possibilidades de interação.
Essa tendência é uma evolução do conceito de multicanal, pois é completamente focada na experiência do consumidor nos canais existentes de uma determinada marca.
Como exemplo, há os aplicativos móveis, que combinam o layout do site com a temática interna das lojas físicas. De forma prática, isso propicia ao consumidor utilizar todos os canais disponibilizados pela organização e a quebra das barreiras entre o mundo físico e o digital.
Por meio da integração de canais, o consumidor satisfaz suas necessidades onde e quando desejar, no momento mais confortável para ele, não havendo restrições de local, horário ou meio.” – Trecho do artigo TECNOLOGIA NO VAREJO: COMO A GESTÃO INTELIGENTE TE AJUDA A LUCRAR MAIS.
COMPETIÇÃO
Inevitavelmente um dos aspectos existentes quando falamos em comércio. Não há como fugir da competitividade que o mercado impõe. Por esse motivo é muito importante que todas as faces possíveis, ao seu perfil de negócio, estejam funcionando em sua potência máxima.
Não adianta achar que somente preço baixo ganha da concorrência, é preciso que muitos outros fatores sejam levados em consideração como qualidade, investimento em tecnologia e bom atendimento ao cliente. É preciso focar em alguns objetivos como satisfação, conveniência, gratificação e prestígio e desenvolver estratégias para alcançá-los.
Assim, você tornará seu negócio sempre competitivo e inserido de fato em seu nicho de atuação.
CUSTOMIZAÇÃO
A mudança na maneira de consumir das pessoas vem cada vez mais nos apresentando um novo jeito de conquistar novos clientes e mais do que isso, de fidelizá-los: a customização. Quando falamos nesta face, estamos incluindo não só produtos, mas também atendimento. De forma resumida é o investimento em alternativas,itens e serviços que atendam às necessidades individuais do cliente, gerando automaticamente uma satisfação ímpar.
Vale falar aqui que o uso da tecnologia (digitalização) citada acima pode contribuir no desenvolvimentos de projetos que possibilitem uma customização em massa. Poupando tempo e dinheiro, sem perder a essência da diferenciação.
CONCLUSÃO
Perceba que a partir de “um brinquedo” pode-se gerar conceitos que atendam e transformem o mercado varejista. Cabe a você, empresário, avaliar quais das faces se encaixam em seu negócio e trabalhá-las de forma que os resultados esperados apareçam e sejam realmente satisfatórios. Afinal, como mencionamos no início do texto, o que diferencia um jogador do outro é o conhecimento e a prática.
Por Atracto
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